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terça-feira, 26 de setembro de 2017

A paz que você me levou de graça


 Eu quero paz, quero viver mais sem mim, assim, por ser, eu mesmo. Viver isto, cansar de estar com um sorriso só. Compartilhar a solidão de ser um sol à morrer. O que? Isso é muita depressão? Então terei que segurar essa minha indagação. Isso é ser feliz, ser bom de coração? Felicidade grita nas asas da solidão. Terei de ser eu mesmo, infelizmente sei bem como o fazer. 
  Eu tenho muito a dizer. Mas será que serei o que quero ser? É triste aguentar esse eu que ganhei. Não pedi para ter essa vida estragada, preciso de mais alma enlatada. Espero que entendam que isso é verdade. Minha vida, sua casa, nosso parque de diversões. Nossas divisões. Entendam, sou eu. Esqueçam! Sou meu. Eu queria escrever algo que fizesse sentido. Organizar minha mente em uma linha, como um metido. Sério, serei aquele que a levou. Acertei que este te amargou. Matou o pouco que lhe sobrava. 
   Avenida transformada em uma grande estrada de vazias duplas faixas. Trazia a tua paz, a paz que eu pedi. Pois quis viver sem mim. Agora sou assim, sem saber se sou quem seu, meu? Acho bem difícil. Farei questão do vício que tenho que levar. Terei de me afastar dessa falta de razão. Todos agora cantam sua canção. Serei seu, se meu amor lhe resguardar dessa gente estranha que só pensa em amar. 
Esses versos que eu tenho que levar nas costas junto com o que você não quis ficar, é tudo que me sobrou, exceto o que ficou faltando me levar acima do que eu tenho que carregar, em cima do que eu já não sei cantar. Cantei para sua paz, embora já não há mais sentido eu ficar querendo te guardar. Se nem mais me insiste que você não existe. Terei que enfim sorrir e cantar, para que, no fim, eu volte a sonhar...

Vinícius Coutinho

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