Certa vez, você passeava tranqüilamente pelas avenidas da
vida. De repente, resolveu entrar num teatro. Ficou fascinado
com sua beleza e arquitetura. O público, pouco a pouco, o lotou.
Todos estavam ansiosos para ver a peça. Você também, mas
não sabia quem a escrevera, qual era o seu conteúdo e nem
quem eram os atores.
Não imaginava que algo excepcional o aguardava. Você iria
assistir à peça mais importante da sua vida. Seus olhos ficariam
vidrados. Sua inteligência, perplexa. Nunca um teatro tinha
escondido tantos segredos!
De repente, as cortinas se abriram, seu coração palpitou. Os
atores eram de primeiro time. A peça logo de início o cativou. O
ator principal representava a biografia de um personagem
magnífico. Era inteligente, sutil, fino, corajoso. Você se encantou
com o personagem e com o desempenho do ator principal.
A peça continuou. O personagem tornou-se mais atraente.
Mostrava gentileza com as crianças, amabilidade com os idosos
e sensibilidade com os amigos. Contemplava flores, tinha tempo
para as pequenas coisas. Elogiava as pessoas, brincava com
todos, sorria até das próprias tolices.
O público delirava com o personagem. Você suspirava,
identificava-se com ele. Queria aplaudi-lo, mas se continha. Aos
poucos, áreas mais profundas da biografia dele eram reveladas.
Perdoava as pessoas, as encorajava e lhes dava sempre novas
oportunidades.
Mais ainda. Era capaz de se colocar no lugar dos outros e
perceber seus sentimentos e necessidades ocultos. Os amigos
amavam estar na sua presença, os parentes gostavam de
colocá-lo no centro das atenções. Ao mesmo tempo em que era
afetivo e sensível, vivia a vida com aventura, era ousado, tinha
grandes metas e grandes sonhos.
Augusto Cury
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