*** Após esses belos momentos de reflexão, você olhou para a
platéia e ficou mais uma vez chocado. O teatro estava vazio.
Intrigado, você se bombardeou de perguntas. Onde estão as
pessoas que eu amo? Todas me abandonaram no momento em
que mais preciso delas? Gostaria de abraçar um amigo, chorar
junto, pedir seu apoio, mas as poltronas estão vazias.
Você se desesperou, sentiu-se sem chão. Mas em seguida
teve outro insight maravilhoso, outra percepção profunda. Num
piscar de olhos compreendeu o quebra-cabeça em que tinha se
envolvido. Enxergou, afinal, que não havia um teatro físico. O
teatro em que estava era o ambiente da sua própria mente.
As pessoas nunca estiveram presentes fisicamente na platéia.
Elas estavam todas na sua memória. Vieram à tona porque
você fez um mergulho em seu inconsciente, porque viajou pelas
avenidas do seu ser. Nessa viagem, conheceu seus jardins e
seus desertos. Viveu uma fantástica experiência de se
encontrar consigo mesmo. Muitos nunca se encontram.
A peça teatral tornou-se o espelho da sua história. Sentiu que
seu maior desafio era liderar sua vida, mas você se autoabandonava. Necessitava modificar sua história, mas sentia-se
impotente. Você entendeu que empurrava a vida.
Percebeu que
não fazia escolhas, que adiava decisões, não exercia seu livrearbítrio...
Augusto Cury
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