Encontramos a atenção na memória

Devemos desenvolver nossa atenção espontânea para acharmos a inteligência para reter ou eliminar os fenômenos dos pensamentos inoportunos da mente.

Encontramos a atenção na memória, nos hábitos e nas associações das idéias. A atenção é um fator essencial de todos os fatos e de todas as operações da mente consciente. São nas atitudes que seduz a verdade e cria a lógica, que nos faz evoluir a partir da propriedade dos nossos sentimentos mais nobres.

 Uma discórdia prévia é uma condição necessária da integração e das leis de Deus. É preciso que a consciência tenha o poder de distinguir e de notar, no fluxo contínuo que apresenta certa circunstância, certos momentos da vida, que se fixe, de uma maneira que, se isolando do resto, lhes dê uma existência independente.

  Quando a atenção voluntária se produz por um esforço consciente, nasce sob a pressão das necessidades e com o progresso da inteligência. É um dispositivo de aperfeiçoamento e um estado da concentração com seu próprio Eu. É, sobretudo, com a atenção, que os espíritos tentam nos mostrar, na consciência, uma força específica. Efetivamente, pela reflexão, a atenção nos parece ser “a concentração voluntária dos espíritos sobre nós, que damos passos importantes rumo à evolução ao conhecimento de si mesmo.

 Quando queremos prestar atenção em alguma coisa, dirigimos, por assim dizer, toda nossa energia para determinado ponto. Embora, em certos casos, por uma espécie de alucinação biológica da atenção, nos distraímos e, sem perceber, fazemos nosso corpo obedecer às nossas vontades, como um dócil instrumento.

  Vamos, assim, ao encontro das novas situações, com todas as nossas tendências (nosso caráter, nossos gostos, nossa espiritualidade, nossos sentimentos) e, sobretudo, com as vontades específicas da hora presente. Adaptando-nos ao real, adaptamo-nos à nossa origem espiritual, a nossa essência divina. 

Bernardino N. Nascimento