Ah! Plangentes violões dormentes, mornos,
Soluços ao luar, choros ao vento...
Tristes perfis, os mais vagos contornos,
Bocas murmurejantes de lamentos.
Noites de além, remotas, que eu recordo.
Noites da solidão, noites remotas
Que nos azuis da fantasia bordo,
vou constelando de visões ignotas.
Sutis palpitações à luz da lua,
Anseio dos momentos mais saudosos,
Quando lá choram na deserta rua
As cordas vidas dos violões chorosos.
Quando o som dos violões vão soluçando,
Quando os sons dos violões nas cordas gemem,
E vão dilacerando e deliciando,
Rasgando as almas que nas sombras temem .
Andrade Muricy
Panorama do Simbolismo brasileiro.
By: Fatyma Silva
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